O Botox, ou toxina botulínica, surgiu para resolver muitos incômodos na nossa pele. Você, com certeza, já deve ter ouvido falar desse famoso procedimento, que geralmente, envolve a aplicação de uma substância para aliviar as marcas de expressões e rugas, além de cuidar da transpiração excessiva e enxaqueca.
No entanto, a técnica que visa a estética, promove o bem-estar e eleva a autoestima de muitas pessoas por meio de pequenas correções, agora, se tornou alvo de estudos que mostram a possibilidade de diminuir os sintomas de depressão.
No final do mês de julho, a Scientific Reports publicou as anotações da pesquisa, que surpreende. Neste post, falaremos mais sobre o assunto e como a notícia é animadora para toda base científica e para quem sofre da doença. Confira!
Por que encontrar novas formas de tratar a depressão?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 264 milhões de pessoas no mundo inteiro têm depressão. O distúrbio é tratado com inibidores que recaptam a serotonina, dopamina-noradrenalina e serotonina-noradrenalina, além de psicoterapia.
Mesmo com esse número alto de pacientes, essas abordagens ainda não são eficazes, e apenas um terço desses indivíduos obtém sucesso com esses métodos. É justamente por isso, que os estudiosos procuram e exploram outras formas de inibir os sintomas.
Como foi feito o estudo?
Os pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Califórnia foram os responsáveis pelos relatórios, que mostraram que milhares de pessoas que receberam o Botox em locais diferentes do corpo, incluindo testa, pescoços, bexiga e membros, responderam positivamente diminuindo os sinais da depressão, quando comparados com outros recursos.
Tudo foi feito com base em um banco de dados do FAERS (Sistema de Relatórios de Efeitos Adversos) da FDA, órgão regulatório dos EUA.para ouvir os relatos de quase 40 mil pessoas já submetidas ao Botox. Por meio de um algoritmo matemático, foi descoberta uma frequência menor de 40 a 88% dos indícios da depressão, em 6 dos 8 locais e condições das injeções.
Mesmo com essa boa notícia, são necessários outros estudos para determinar o uso do elemento como antidepressivo, pois a pesquisa atual excluiu os relatos de quem já estava em tratamento com outros remédios.
Qual o quesito para escolher o Botox?
Segundo os envolvidos, o resultado da aplicação da toxina botulínica influencia a expressão fácil sobre nosso cérebro. Há pessoas que acreditam que nossos sentimentos não são gerados no cérebro, mas do músculo que, ao ser paralisado, impede a demonstração de tristeza, por exemplo.
Além disso, os pacientes que se submeteram ao Botox se mostram mais confiantes em questões de aparência com relação aos que não fizeram uso. E o que diferencia os dois grupos é a maior tendência ao bom humor.
Se adotar uma expressão de felicidade é, de fato, um fator que impacta nossos sentimentos a ponto de deixar as pessoas mais alegres, não temos certeza ainda. Mas os estudos são bastante promissores e podem ajudar uma boa parcela da população.