O que é queloide e como tratar

Queloide é uma cicatriz mais volumosa e de maior extensão que pode ocorrer em qualquer parte do corpo que passou por algum trauma. 

Nesse artigo esclarecemos as principais causas do queloide, a diferença entre queloide e cicatriz hipertrófica e como prevenir e tratar cicatrizes inestéticas. Confira.

 

O que é queloide 

 

Após um procedimento estético, a preocupação de muitos pacientes em relação à cicatrização é a formação de queloide.

O queloide pode surgir em qualquer parte do corpo que passou por algum trauma, podendo surgir após uma cirurgia, em decorrência de queimaduras, perfurações ou cortes profundos e até mesmo em tatuagens e piercings.

O queloide é a formação de uma cicatriz volumosa de cor avermelhada ou escura causada por excesso de fibras colágenas na cicatriz que continuam a ser depositadas ao redor de um trauma, mesmo após o fim do processo de cicatrização natural.

 

O que pode causar queloide

 

O surgimento de queloide depende mais das características de cada paciente do que do procedimento ou técnica utilizada em uma cirurgia.

Pessoas que têm a pele clara podem desenvolver queloides, porém as de pele negra, morena, orientais ou miscigenados normalmente são mais propensas a desenvolver queloides em cicatrizes.

A principal razão para a propensão de formação de queloide em pessoas negras são os fibroblastos. Os fibroblastos são responsáveis pela produção de colágeno e aparecem em maior quantidade em pessoas que têm o tom da pele mais escuro, fazendo com que a tendência em formar queloides seja maior.

O queloide pode ocorrer em qualquer região do corpo que passou por algum tipo de trauma, porém é mais comum o seu aparecimento em cicatrizes na região do tronco superior, peito, ombros e lóbulo da orelha. Nessas regiões a presença de glândulas e pelos é maior, além de uma alta concentração de colágeno, o que pode facilitar o aparecimento do queloide.

 

Diferença entre queloide e cicatriz hipertrófica

 

Nos primeiros meses após um procedimento cirúrgico a cicatriz vai adquirindo uma coloração avermelhada e fica mais espessa, porém isso faz parte da evolução normal do processo de cicatrização.

É importante ficar atento a qualquer anormalidade que possa ocorrer durante a cicatrização. Se a cicatriz não começar a regredir, ficando mais clara e fina após seis meses da cirurgia pode ser um sinal de queloide, pois esse não regride, ao contrário, fica mais espesso e cresce cada vez mais.

Outro tipo de cicatriz que pode aparecer é a cicatriz hipertrófica. Embora a causa seja similar ao queloide, esse tipo de cicatrização não ultrapassa os limites da lesão e atinge apenas a pele ao redor da cicatriz. 

A principal diferença entre cicatriz hipertrófica e queloide é que a hipertrófica não cresce além da linha do corte, já o queloide acomete uma área além dos limites da cicatriz inicial, tornando a lesão mais extensa.

 

Prevenção e tratamento de queloide

 

Como visto anteriormente, a formação de queloide normalmente se dá devido a predisposição genética de cada indivíduo, por isso é importante avaliar todos os riscos antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico.

A partir da avaliação realizada pelo médico, alguns cuidados podem evitar o surgimento de queloide. O uso de curativos compressivos nas primeiras horas após a incisão é um dos cuidados. 

Os curativos compressivos exercem uma pressão no local da incisão, isso auxilia no processo de cicatrização, ajudando a prevenir o aparecimento de queloide.

Quando o paciente possui uma tendência maior ao surgimento de queloides, é indicado o uso de placas de silicone. Essas placas são utilizadas de 12 a 16 horas por dia durante quatro a seis meses a fim de melhorar o processo de cicatrização.

Se não for possível prevenir o aparecimento de queloide, alguns tratamentos são recomendados. Confira alguns opções:

 

Roupas de compressão: Essas roupas exercem uma pressão na pele diminuindo a vascularização e normalmente são indicadas para pacientes com lesões extensas, inibindo a evolução do queloide.

 

Produtos tópicos e massagens: Cremes e massagens aplicados na região do queloide ajudam a melhorar a textura da pele, a coloração e reduzem o tamanho da cicatriz.

 

Corticoides: Quando o relevo ao redor da cirurgia já está formado é indicado a aplicação de corticoides direto na cicatriz por meio de injeção para auxiliar na melhora da lesão.  

 

Crioterapia: Utiliza nitrogênio líquido para congelar os tecidos de queloide, reduzindo sua firmeza e o tamanho da lesão.

 

Radioterapia pós-operatória: Após a cirurgia é aplicado radioterapia superficial, atingindo somente a pele. Esse tratamento evita que o queloide se forme.

 

Cirurgia de reparo: Quando indicada, essa cirurgia é utilizada para remover a cicatriz anterior, utilizando pontos internos para formar uma nova cicatriz. Esse procedimento normalmente é associado à radioterapia, evitando que um novo queloide se forme.

 

Além disso, seguir as recomendações médicas de pré e pós-operatório são essenciais. Uma das recomendações é a proteção da pele à radiação, utilizando sempre filtro solar e evitar ao máximo a exposição da cicatriz à luz solar. 

Outra recomendação é a adoção de uma alimentação saudável e balanceada, evitando alimentos gordurosos e muito doces, pois eles podem dificultar o processo de cicatrização. 

Para corrigir uma cicatriz inestética as condutas acima são ideias, porém cada uma vai depender do tipo de cicatriz, sua extensão e o local afetado. Conte sempre com um bom profissional para realizar a avaliação da sua cicatriz, pois somente ele poderá determinar qual intervenção mais adequada.

Clínica de Cirurgia Plástica em Criciúma