Psicoterapia infanto-juvenil: Como acontece? Como são as observações e vivências lúdicas? Qual o papel dos pais nesse contexto?

Iniciando a psicoterapia infanto-juvenil:

É realizada a sessão de anamnese com os pais para obtenção de dados do desenvolvimento da criança/adolescente, queixa e dados de história de vida.

Com a criança/adolescente:

As brincadeiras e jogos são recursos utilizados na Psicoterapia que possibilitam a comunicação da criança ou adolescente de maneira simbólica, ou seja, nem todo conteúdo observado é verbal.

Como?

Durante as práticas lúdicas é possível que o paciente exponha seus conflitos, essas ferramentas de apoio permitem ao psicólogo acessar as necessidades emocionais do paciente.

Alguns materiais utilizados em sessões infantojuvenil
Recursos lúdicos

Como se dá a escolha dos recursos em cada sessão?

Pode haver recursos direcionados pelo psicólogo objetivando observar um ponto específico de demanda clínica daquele paciente, ou o brincar/jogar “livre”,  assim a escolha do recurso é feita pelo paciente e dessa maneira ele pode abrir o caminho das suas necessidades emocionais, permitindo comunicar ao profissional seus conflitos internos e suas potencialidades.

Depois da observação o que acontece?

O psicólogo acolhe o conteúdo emocional exibido nas sessões e elabora possíveis estratégias visando o núcleo saudável da criança/adolescente dentro das possibilidades familiares.

Mas se é o psicólogo quem faz a psicoterapia, então qual é o papel dos pais?

Trazendo todas as informações de queixa, história de vida e desenvolvimento de seu filho, sem omitir fatos, o psicólogo precisa dessas informações para melhor compreensão do caso. Também mantendo a frequência nas sessões, e tentando aplicar as possibilidades de mudanças levantadas com o psicólogo no momento na devolutiva (prévia das observações repassada pelo psicólogo aos responsáveis depois de algumas sessões realizadas com a criança/adolescente).

Mas se é a dinâmica familiar que necessita de mudanças, não é os pais que precisam de psicoterapia ao invés da criança/Adolescente?

Sim as vezes há necessidade de mudança em algum campo que esteja alimentando o sintoma da criança/Adolescente. Mas é fundamental que a rede de apoio do menor tenha a sensibilidade de detectar quando este precisa de acompanhamento profissional pois encontra-se em sofrimento em meio as suas dificuldades.

Só posso levar meu filho no psicólogo quando ele tem um problema?

A Psicoterapia clínica trabalha também fatores de prevenção da saúde emocional, compreendendo seu sistema de funcionamento, comportamento, emoções e relações. Nesse mar de possibilidades, podemos captar os padrões de funcionamento de potencialidade do paciente, e padrões que podem ser sinalizadores de conflitos. Nesse prisma a Psicoterapia abrange com o paciente a visão para capacitação de resolução de problemas, ou seja, não evita que os problemas apareçam, mas através do autoconhecimento o paciente utiliza suas ferramentas “características” mais adequadas para a situação, visando qualidade de saúde mental.

Quanto tempo pode levar o acompanhamento do meu filho?

Não existe previsão de tempo a respeito do acompanhamento até o processo de alta. Alguns fatores podem influenciar nessa questão, entre eles estão: Fator determinante a ser trabalhado, dinâmica de funcionamento familiar e funcionamento do paciente.

É essencial que desde o início os pais tenham comprometimento com as sessões de Psicoterapia, pois elas precisam ser prioridade na vida da família para a evolução do paciente. Nesse viés é essencial a preparação dos pais para possivelmente engajar de médio a longo prazo em processo psicoterapêutico.

 

Clínica de Cirurgia Plástica em Criciúma